Entidades que lideram a moda devem combater o racismo no setor

Na semana passada, vimos mensagens de marcas de moda em solidariedade e apoio ao movimento antirracista no mundo. Depois, no Brasil, denúncias de modelos que sofreram discriminação em casting de estilistas.
Sabemos que a pauta da inclusão, contra o preconceito e a discriminação, já está na Moda há bastante tempo. No entanto, diante dos fatos constatamos que o progresso sobre representatividade ainda está muito lento.
A Natural Cotton Color – NCC Ecobrands solicita que as associações e plataformas que reúnem as vozes da moda como Abit, Abest, SPFW, BEFW, Minas Trend, Veste Rio e DFHouse, tomem ações para combater o racismo e a desigualdade sistêmica que está afetando nossa indústria.
Acreditamos que estas entidades têm força e capacidade para liderarem e promoverem esta mudança.
Entre estas ações, sugerimos que devem:
a) Assumir um compromisso mensurável e público para melhorar a representação negra em todos os níveis na cadeia produtiva da moda, especialmente nos cargos de liderança e de chefia.
b) Reunir, acompanhar e relatar publicamente dados de diversidade da força de trabalho de mão de obra para criar responsabilidade no setor.
c) Fornecer treinamento abrangente sobre Diversidade e Inclusão para os associados.
Acreditamos que toda iniciativa antirracista deve permear a indústria da Moda e contribuir para que este setor criativo — tão influente para a cultura e para o mercado brasileiro — contribua para a evolução para uma sociedade justa e igualitária.
Francisca Vieira, CEO Natural Cotton Color
Foto: Agência Fotosite