O algodão e a cotonicultura na história

Há mais de 4 mil anos a.C. algumas antigas civilizações como os egípcios e os incas já sabiam como cultivar e tecer os fios. Foram os árabes, que difundiram o algodão pela Europa, que batizaram a planta de al-gu-Tum. No Velho Continente o algodão foi adotado como coton em francês, cotton em inglês e cotone em italiano.
A evolução na produção dos tecidos
Em função da qualidade, a Índia liderou a produção de tecidos. A competividade provocou a modernização da produção inglesa e os britânicos inovaram criando máquinas para o desenvolvimento da indústria têxtil. Isso gerou um diferencial vantajoso para a Inglaterra: ela desenvolveu tecidos mais leves e mais baratos que se tornaram acessíveis a muito mais gente, ampliando o mercado e o consumo.
O algodão no Brasil
No Brasil, algumas espécies de algodão foram cultivadas a partir da colonização. No entanto, mesmo antes disso, os índios já o conheciam e teciam fios de forma estritamente artesanal. Assim, os portugueses começaram a cultivar algodão no país motivados a fabricarem suas próprias roupas.
Em meados do século XIX, com o aumento da população e do consumo, a cotonilcultura tornou-se uma das atividades tradicionais, principalmente no Nordeste. E a indústria despertou o interesse pelo caroço, por causa da fabricação do óleo de algodão.
Com incentivo do Governo Federal foram instaladas no Nordeste nove usinas de descaroçamento, em diversos locais nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Enquanto o Recife-PE centralizou a produção e refino do óleo, Campina Grande-PB, tornou-se uma grande região produtora de algodão.
Atualmente, o Brasil é um dos cinco maiores produtores mundiais, ao lado de China, Índia, EUA e Paquistão. O Brasil é o terceiro país exportador e o primeiro em produtividade em sequeiro. O cenário interno também é positivo. Segundo a Abrapa – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, somos o quinto maior país consumidor: 1 milhão toneladas/ano.
Desde 1997, os produtores realizam o Congresso Brasileiro do Algodão para acompanhar a evolução do setor e compatilhar informações com toda a cadeia produtiva, desde a lavoura até o produto final. O desafio atual do mercado algodoeiro é a competitividade. Por isso, o tema da 10º Congresso que será realizado em setembro, o tema é a qualidade.
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