Natural Cotton Color participa de seminário sobre mudanças climáticas
Francisca Vieira, CEO da Natural Cotton Color, participou do Seminário “Sustentabilidade, Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais” realizado no dia 15 de maio de 2024 na Universidade da Amazônia (Unama), em Rondônia. O convite veio da realizadora do evento, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Porto Velho (SEMA-PV) e da organizadora Permian Brasil.
Marcado por desafios climáticos crescentes, o seminário evidenciou a necessidade urgente de ações para um futuro sustentável, com debates e exemplos reais de soluções efetivas contribuem para que mais modelos inovadores de soluções climáticas sejam replicados.
O evento híbrido recebeu mais de 150 participantes presencialmente na Unama Imigrantes e contou com mais de 300 inscritos para a transmissão ao vivo, abrangendo profissionais de organizações públicas, professores, técnicos, estudantes e demais interessados. A íntegra do evento está disponível no canal da Permian Brasil no Youtube.
Abertura e tema central
Após a abertura pelo Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Porto Velho, Sr. Roberval Zúniga, e demais membros da mesa, o seminário contou com a palestra central do Dr. Miguel Milano, Conselheiro Sênior da Permian Brasil. Milano apresentou “Os Desafios da Sustentabilidade no Contexto Político Global – créditos de carbono e outros mecanismos de mercado para a conservação da natureza da qual dependemos”, demonstrando seu extenso conhecimento e experiência na área da conservação ambiental.
Durante a programação, painelistas trouxeram cases inovadores sobre conservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Entre os convidados, Francisca Vieira, CEO da Natural Cotton Color, apresentou o algodão orgânico que já nasce colorido, cujo processo produtivo do campo até a indústria têxtil e de confecção gera economia de água de 87,5%.
Ela enfatizou importância da cadeia produtiva como um exemplo de solução sustentável com foco na agricultura familiar – cujo agricultor recebe o melhor preço por quilo de algodão do Brasil. Francisca ressaltou que este Arranjo Produtivo Local – APL não só promove a sustentabilidade ambiental, mas também gera emprego e renda para as comunidades locais. A CEO destacou que a APL do algodão foi apresentada em 2018 como exemplo de cadeia produtiva alinhada às mudanças climáticas em 2018 no Fórum Econômico Mundial (OMC-ONU) em Genebra. (saiba mais neste link). “Essencialmente porque o nosso algodão é cultivado sem irrigação na região do semiárido pela agricultura familiar, com baixíssimo índice de chuvas, e ainda assim, conseguimos obter 1,2 toneladas de algodão em rama metro quadrado”, disse.
Dr. Miguel Milano elogiou a apresentação de Francisca. Ele afirmou que a Natural Cotton Color exemplifica uma cadeia produtiva sustentável que combina cultivo orgânico no semiárido com alta valorização dos produtos finais. Segundo Milano, essa abordagem é essencial para estados como Rondônia, que tem uma economia com base a agricultura e enfrenta desafios climáticos significativos.
“Rondônia é um estado essencialmente ‘agro’ que ao mesmo tempo é causa de mudanças climáticas pelo desmatamento como tem sofrido com as mudanças, notadamente pelas secas sucessivas, mas também com inundações”, disse o conselheiro sênior da Permian Brasil.
Além de Vieira, estavam presentes Juliane Freitas (FGB), Regiane Borsato (LIFE Institute), Clóvis Ricardo Schrappe Borges (SPVS), Renato Rosenberg (Serviço Florestal Brasileiro/MMA), Albert Aguiar e Ana Cidin (Permian Brasil) e Lindoval Silva (Resex Rio Cautário).
O seminário se destacou como um marco na discussão sobre políticas públicas e práticas sustentáveis no Brasil, com ênfase na inovação e nos exemplos bem-sucedidos como a cadeia produtiva do algodão colorido da Paraíba.
O evento contou com o apoio do LIFE Institute, FGB, SPVS, UNAMA, National Cotton Color e do Serviço Florestal Brasileiro/MMA.